Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Terpsichore chrysleri (Copel.) A.R.Sm. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-06-2012

Criterio:

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída encontrada emdiferentes fisionomias da Mata Atlântica. Apesar de ocorrer em regiões comintensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades deconservação. Devido ao grande número de coletas, o que é incomum para essa família de samambaia,suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie éconsiderada como menos preocupante em relação ao risco de extinção (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Terpsichore chrysleri (Copel.) A.R.Sm.;

Família: Polypodiaceae

Sinônimos:

  • > Ctenopteris chrysleri ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Dados populacionais

No Parque Estadual da Serra de Itajaí a espécie foi encontrada em apenas uma das trilhas de todo o parque (Gasper; Savegnani, 2010).Nos Andes bolivianos foram encontrados 10 indivíduos em 3 ha, sendo que 9 indivíduos ocorreram sobre troncos de árvore (Krömer; Kessler; Gradstein, 2007)

Distribuição

A espécie ocorre nos estados Espírito Santo, Rio de Janeiro São Paulo, Minas Gerais (Labiak; Hirai, 2012), Paraná e Santa Catarina (CNCFlora, 2011)No Brasil ocorre em altitudes que variam de 900 m a 1600 m (Labiak; Prado, 2005)

Ecologia

A espécie é epífita (Labiak; Prado, 2005), ocorre em floresta úmida da Mata Atlântica como as encontradas na Cadeia do Espinhaço (Salino; Almeida, 2008).A espécie também apresenta hábito holoepífita, ocorrendo sobre Dicksoniaceae e Cyatheaceae, no interior da mata (Gasper; Sevegnani, 2010)

Ameaças

1.3.1 Mining
Detalhes Na região central do Espinhaço, foram identificadas como principais ameaças: a mineração, a expansão urbana, o turismo descontrolado, a criação de gado e as queimadas (Vasconcelos et al., 2008).

1.3.1 Mining
Detalhes Na região do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais são observadas as seguintes ameaças em consequência da atividade mineradora: a extração do minério de ferro - cava - atinge diretamente os ecossistemas de Campo Ferruginoso, protegidos por legislação federal e estadual por serem de ocorrência restrita às cristas serranas, classificadas como Área de Preservação Permanente; e a mineração, incluindo a disposição de estéril e rejeitos, que atinge ecossistemas da Mata Atlântica como as Florestas Estacionais Semideciduais e as Florestas Pluviais Ripárias (Santos, 2010).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A cobertura vegetal do estado do Espirito Santo, antes praticamente toda recoberta pela Mata Atlântica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização. A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no estado. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do estado (Simonelli; Fraga, 2007).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Atualmente a floresta ombrófila densa de Santa Catarina está descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a processos de degradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura, ocupação desordenada e extração de carvão mineral, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-ZanettE et al. 2009)

1.1 Agriculture
Detalhes A vegetação do Parque Nacional da Serra do Itajaí tem grande parte que foi submetida a intenso processo de exploração madeireira, resultando em um mosaico de floresta primária e secundárias avançada. Em menos de 10% da área do parque houve corte raso da floresta para fins agrícolas ou pecuários (Gasper; Sevegnani, 2010)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: ​Extinta na natureza, lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: Parque Nacional da Serra de Itajaí, SC, Parque Estadual das lauraceas, PR, Estação Biológica Boracéia, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Carlos Botelho, SP, Parque Natural Municipal do Ribeirão do Campo, MG (CNCFlora, 2011) e Parque Estadual do Itacolomi, MG (Rolim; Salino, 2008)

Referências

- VASCONCELOS, M. F.; LOPES, L. E.; MACHADO, C. G.; RODRIGUES, M. As aves dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço: diversidade, endemismo e conservação. Megadiversidade, v. 4, n. 1-2, p. 197-217, 2008.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Diversidade e conservação das pteridófitas na Cadeia do Espinhaço, Brasil. Megadiversidade, v. 4, n. 1-2, p. 50-70, 2008.

- SANTOS, L. M. Restauração de campos ferruginosos mediante resgate de flora e uso de topsoil no quadrilátero ferrifero, Minas Gerais. Tese de doutorado. Belo Horizonte, MG: Universidade Federal de Minas Gerais, 2010.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- CITADINI-ZANETTE, V.; DELFINO, R. F.; BRUM-FIGUEIRÓ, A. C.; SANTOS, R. Rubiaceae na recuperação ambiental no sul de Santa Catarina,. Revista de Estudos Ambientais, v. 11, n. 1, p. 71-82, 2009.

- LABIAK, P. H.; PRADO, J. As espécies de Terpsichore A.R. Sm. e Zygophlebia L.E. Bishop (Grammitidaceae) do Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 19, n. 4, p. 867-887, 2005.

- GASPER, A. L.; SEVEGNANI, L. Lycophyta e samambaias do Parque Nacional da Serra do Itajaí, Vale do Itajaí, SC, Brasil. Hoehnea, v. 37, n. 4, p. 755-767, 2010.

- ROLIM, L. B.; SALINO, A. Polypodiaceae Bercht & J. Presl (Polypodiopsida) no Parque Estadual do Itacolomi, MG, Brasil. Lundiana, v. 9, n. 2, p. 83-106, 2008.

- KRÖMER, T.; KESSLER, M.; GRADSTEIN, S. R. Vertical strati?cation of vascular epiphytes in submontane and montane forest of the Bolivian Andes: the importance of the understory. Plant Ecology, v. 189, p. 261-278, 2007.

- LABIAK, P. H.; HIRAI, R. Y. Polypodiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB091537>.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E.; VIANA, M. M. Polypodiaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Terpsichore chrysleri in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Terpsichore chrysleri>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/06/2012 - 15:29:59